Em dezembro de 2017, um protocolo de intenções foi assinado para que a aceleradora de projetos Spin oferecesse oportunidades de prosperar projetos do Órion Parque Tecnológico, em Lages. Menos de três meses depois, os resultados dessa iniciativa já começam aparecer.
No segundo ciclo de aceleração da Spin, iniciado no final do mês de fevereiro, duas das cinco startups selecionadas são de Lages – ambas parceiras do Órion Parque. No total, 80 empresas do Brasil todo foram inscritas. Das cinco, três são da cidade de Jaraguá do Sul (SC) – sede da Spin Aceleradora.
Na prática, aceleradoras são empresas cujo principal objetivo é apoiar o desenvolvimento e rápido crescimento de startups, ajudando-as a obter novas rodadas de investimento, prospectar clientes, aumentar a rede de contatos (networking) ou mesmo investindo financeiramente nelas. No caso da Spin, as rodas de aceleração contam com mentorias, assessorias, treinamentos e contatos com possíveis investidores ou parceiros de negócios.
Uma das empresas é a TargetID, da Softecsul, residente no Centro de Inovação Luiz Henrique da Silveira. A proposta da TargetID é permitir o controle e monitoramento do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) em áreas de risco, validando aspectos como entrada de pessoas não autorizadas em locais controlados ou as datas de validade de equipamentos em uso, assim como controle máximo de permanência de colaboradores em locais sob exposição térmica, química ou biológica, por exemplo.
Para Athos Branco, CEO da TargetID, a experiência da aceleração vem rendendo bons frutos para a empresa, que começa a dar os primeiros passos como uma spin-off – como são chamados os novos negócios que surgem a partir de uma empresa mãe, no caso a Softecsul.
“A Spin está nos ajudando com conhecimento. Esse é o grande ponto. A Spin é uma aceleração que não entra com dinheiro, mas eles tem muito, muito networking. Eu achava que era grande, mas estou vendo que é bem maior. A Spin quer ser a primeira aceleradora específica para indústria. Uma aceleradora que só vai atender projetos inovadores para indústria. Para nós isso é excelente”, ressaltou.
Parte fundamental desse processo, na opinião de Athos, é estar presente no Centro de Inovação.
“Tudo isso aconteceu no momento certo, na hora certa. Sem dúvida que tudo isso faz parte da existência do Órion, da vinda da Spin. Se não fosse todo esse encaminhamento, isso não seria possível. O Escritório de Projetos do Órion, o Gênesis, tem um papel bem relevante nisso também. Tudo são processos, eventos e cases que uma coisa vai linkando com outra, e todos nós somos beneficiados. Se a gente conseguir chegar no resultado que a gente quer, isso vai ser refletido aqui no Órion, e em todo o ecossistema de inovação da região. Isso é um grande ponto”, confirmou o empreendedor.