O termo “Inovação disruptiva” é muito utilizado em congressos, palestras e encontros de empreendedores. Porém, você sabe o que significa exatamente esse conceito? O termo foi criado por um professor de Harvard e começou a ganhar o mundo já em 1997 com a publicação denominada O Dilema do Inovador. Na publicação, o autor utiliza o clássico exemplo dos computadores pessoais para explicar o que é inovação disruptiva.
Segundo o livro, a inovação disruptiva é tornar uma tecnologia, serviço ou produto algo mais simples e, consequentemente, acessível. Exemplos da inovação disruptiva são os computadores pessoais substituindo mainframes, celulares subsistindo telefones fixos, e-mails substituindo cartas, Wikipedia substituindo enciclopédias físicas, WhatsApp substituindo SMS, serviços de streaming substituindo locadoras, lojas de CD, entre muitos outros exemplos.
Conhecendo um pouco sobre os tipos de inovação
Segundo teóricos, as inovações podem ser divididas em duas vertentes: inovações sustentáveis e inovações disruptivas. As inovações sustentáveis são marcadas por avanços graduais das tecnologias atuais, ou seja, é uma forma de extrair mais valor dos mercados. É denominada sustentável porque ela busca sustentar algo que já está criado, apenas melhorando algum processo. Exemplo disso é o lançamento de novos modelos de celulares todos os anos.
A inovação disruptiva transforma ou cria novos mercados. Ela introduz novas tecnologias visando a simplicidade, acessibilidade e conveniência. Sendo assim trata-se de um aproveitamento de novas tecnologias com as antigas para desenvolver novos modelos de negócio. A partir do novo modelo de negócio, são criados novos produtos, ideias e processos que são capazes de redefinir completamente as indústrias.
Podemos afirmar, a partir das definições, que as mudanças no mundo de hoje são criadas por inovações disruptivas. As inovações sustentáveis podem ser vistas como melhoramentos de uma inovação disruptiva.
Um exemplo fácil de notar essas mudanças ocorre na telefonia. Antes existiam apenas telefones fixos. Assim, existia somente o desenvolvimento de diferentes modelos de telefones fixos. Esse desenvolvimento de novos modelos é a inovação sustentável. Então surgiu uma inovação disruptiva: os aparelhos celulares. Depois de um tempo os aparelhos celulares foram submetidos à inovação sustentável, pois a tecnologia celular já havia sido incorporada por todo mercado. Desta forma a maioria das inovações pertinentes a celulares são inovações sustentáveis.
Exemplos atuais de inovações disruptivas
Uma das maiores instituições financeira do mundo, o Citibank, lança periodicamente documentos com as inovações disruptivas da atualidade. Em sua quinta versão, o Citi GPS (Global Perspectives & Solutions) detalha as 10 iniciativas que ganharam destaque no relatório: Aeronaves pilotadas sem a homens, robôs inteligentes, biópsia líquida, gestão de investimento, pagamentos através da internet das coisas (IoT), transporte hyperloop, cigarros eletrônicos, manipulação genética com CRISPR, blockchain e o faça você mesmo (DiY).
Como podemos ver a inovação disruptiva vai muito além das indústrias. Elas podem ser culturas (como a cultura maker), gestão de negócios, técnicas em pesquisa científica como o caso do CRISPR, técnicas médicas como a biópsia líquida, entre muitas outras. No setor industrial, por exemplo, já é possível ver fábricas inteiras com toda a linha automatizada – e praticamente nenhum ser humano no processo. No caso dos drones, existem várias empresas como a Amazon, por exemplo, que já começaram a fazer testes com entregas através desses mecanismos.
A tecnologia de hyperloop, por exemplo, tem possibilidade de inovar o que se conhece como meios de transporte. Basicamente é um sistema de transporte de alta velocidade a partir de um tubo de baixa pressão. A ideia é que o hyperloop flutue em um fluxo constante de ar e consiga atingir velocidades superiores a 1.000 km/h. O sistema está em desenvolvimento e planejado para estar finalizado até 2020, em Los Angeles (EUA).
E então, caro leitor, em quais segmentos e onde vão ocorrer as próximas inovações disruptivas que vão alterar o mercado e, consequentemente, o mundo?