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Os universitários são empreendedores natos. Muitas ideias nascem dentro das universidades estimuladas por pesquisas acadêmicas e foi pensando em tirar essas ideias do papel e construir uma cultura empreendedora dentro das universidades que nasceu o Projeto Realizando Empreendedorismo Universitário – Reuni, do Orion Parque.
A demanda surgiu da identificação de um problema comum dentro das universidades que acabam por guardar os trabalhos que são produzidos pelos acadêmicos em seu acervo e não passam por um olhar empreendedor para que as ideias com potencial de negócio sejam desenvolvidas. Essa prática demonstra a necessidade de construir uma cultura empreendedora dentro das instituições de ensino para que além de capacitados tecnicamente, os acadêmicos tenham a oportunidade de empreender.
O Projeto nasceu junto da inauguração do Centro de Inovação Luiz Henrique da Silveira, o Orion Parque Tecnológico, primeiro Centro de Santa Catarina a ser instalado em cidade interiorana, em 2016, com o objetivo central de transformar as pesquisas científicas, trabalhos de conclusão de curso e de disciplinas da grade curricular das instituições de ensino em negócios, por meio de uma metodologia de acompanhamento e mentoria das ideias, o Reuni ganhou corpo e viabilidade.
A ideia de oportunizar o desenvolvimento das ideias foi estruturada para funcionar por meio do fluxo de acompanhamento, onde as equipes ou empreendedores individuais recebem mentorias e orientações para a estruturação da ideia. Ao longo do tempo, a metodologia do Reuni foi sendo reestruturada conforme identificadas as necessidades dos participantes e instabilidades do processo a fim de atingir a efetividade nos resultados.
No início, o processo de entrada do universitário ao Projeto Reuni se dava mediante submissão da ideia na plataforma Reuni seguindo as orientações para descrição do problema a ser resolvido, qual a solução e como será executada. Após o cadastro, a ideia era repassada para os investidores da área pertinente que davam um voto de confirmação ou não, conforme interesse. No caso de receber o joinha, a ideia passava para o início da etapa de desenvolvimento junto dos mentores do Reuni, até a etapa final de pitch, onde os empreendedores apresentariam a ideia aos mesmos investidores que qualificaram a ideia no início do processo, para a possibilidade de investimento.
A ausência de cultura empreendedora da região foi confirmada pela insegurança da população diante de novos desafios para a abertura de novos empreendimentos, haja vista que na região a cultura predominante é do comércio onde há um horário de trabalho fixo e sem a perspectiva de capacitações. Esse cenário reforçou a necessidade de trabalhar dentro das universidades para inserção dos jovens universitários dentro do ecossistema de empreendedorismo e inovação iniciando o processo de forma simplificada.
Ao longo do tempo a equipe do Reuni identificou que muitos universitários chegavam somente com a ideia, sem muitas noções de como proceder com as hipóteses de solução ou até mesmo sobre o mercado que se envolveriam. Por isso, os requisitos para cadastro da ideia foram simplificados e desvinculada a apresentação de investidores já no início do processo.
O fluxo de acompanhamento do Reuni é a porta de entrada dos empreendedores para o ecossistema. Ao longo do processo eles precisam buscar informações de mercado que são fornecidas por meio de pesquisas de campo e networking, além de capacitações para o estudo das hipóteses de solução e aprofundamento da área que se quer atingir. Tudo isso é possível por meio dos projetos, workshops, mentorias e eventos proporcionados pelo Orion Parque, como o Chimatalks, Demoday e Orion Week, que buscam conectar as pessoas para construir uma forte rede de empreendedorismo e inovação.
Reuni para todos e a possibilidade de transformação regional
Os impactos da pandemia na economia do país forçaram a mudança de pensamento para o empreendedorismo, estimulada pela necessidade de encontrar maneiras de garantir renda suficiente para a sobrevivência. Mais de 14 milhões de brasileiros tornaram-se empreendedores ao longo da pandemia por meio de pequenos negócios para completar a renda que foi minimizada e/ou negócios que se transformaram na principal renda familiar.
Muitos brasileiros que já tinham seus empreendimentos encontraram dificuldades em manter o negócio aberto no modelo tradicional e tiveram de inovar para continuar no mercado. Na região serrana, o cenário não foi diferente. Grande parte dos empreendimentos são tradicionais e necessitam de orientação para ingressar no processo de inovação e reestruturação do modelo de negócio a fim de se encaixar nas tendências de mercado.
Compreendendo o cenário, o Reuni foi reestruturado para atender não só o público universitário como também a população em geral que busca transformar o modelo de negócio do seu empreendimento ou iniciar um novo negócio. Com essa oportunidade, muitos empreendedores não universitários ingressaram no fluxo de acompanhamento, como o veterano do ecossistema, Marco Cevey, que trouxe uma ideia de negócio voltada para feedbacks profissionais e pode desenvolver junto dos mentores do Reuni cada etapa do processo “decidimos utilizar o Reuni como uma forma de validarmos algumas questões que já tínhamos ideia, mas que gostaríamos de uma visão de terceiros, para termos uma segunda opinião sobre o projeto”, conta Marco.
Apelidada de “Reuni para todos\”, essa nova frente de trabalho obteve mais procura do que o esperado, já que grande parte das pessoas possui uma ideia que não está suficientemente madura e precisa passar por todas as etapas de amadurecimento e pesquisa no que diz respeito a empreendimentos tradicionais ou modelos de negócio inovadores.
A metodologia do Reuni para todos é a mesma utilizada para o público universitário. Diferente de outras tantas instituições, o Orion Parque oferece esse processo gratuitamente e atende as necessidades dos proponentes como a adaptação de horários para as mentorias e orientações conforme as dificuldades e especificidades de cada equipe.
A ideia fez parte do Plano de Mitigação criado junto da Prefeitura Municipal de Lages, para agir neste período de pandemia no fortalecimento do setor econômico da região. Devido a grande procura e a efetivação do processo, o fluxo de acompanhamento do Reuni para todos continua em execução sem data prévia para encerramento.
Reuni Challenge: o maior evento de empreendedorismo universitário
Para desenvolver a criatividade e a habilidade de solucionar problemas, eventos de imersão empreendedora são muito visados. Pensando em construir e fomentar a cultura empreendedora, o Projeto Reuni desenvolveu o evento de empreendedorismo universitário, Reuni Challenge.
Com objetivo de estimular o empreendedorismo dentro das universidades, o Reuni Challenge é uma competição entre as universidades para definir qual a universidade mais empreendedora, por meio do desafio da criação de uma startup em 72 horas. Para isso, as universidades selecionam os estudantes de variados cursos de graduação para compor uma equipe multidisciplinar que a representará na competição.
As primeiras edições do Reuni Challenge foram desenvolvidas para as universidades do município de Lages. No ano de 2020 o Reuni deu um salto maior ao realizar o evento para as universidades da serra catarinense e meio-oeste, onde participaram mais de 80 acadêmicos entre doze equipes da serra catarinense representada pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Udesc/Cav, Unifacvest e a Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) e sete equipes da Unoesc e IFC – Caçador, Joinville e Luzerna representando as universidades do Meio-oeste. A edição foi executada de forma online, em virtude da situação de pandemia.
Neste ano, o Reuni Challenge encarou um desafio ainda maior com a realização de um evento estadual que contou com a participação de aproximadamente 400 inscritos em 48 equipes representantes das universidades do estado de Santa Catarina. Foram três dias de imersão empreendedora realizada de forma online pelo Orion Parque, em parceria com os Centros de Inovação que acolheram as equipes presencialmente para a criação do negócio.
A edição contou com o apoio e participação da Prefeitura de Lages, Governo do Estado de Santa Catarina, Rede dos Centros de Inovação, Redbull, Centros de Inovação, Fapesc, ACAFE e NSC, além do patrocínio da CDL Lages, Inovadora Sistemas, NSC, Experts Telecom, Supermercados Myatã, NDD, Mettzer e BGLaw.
Após o Reuni Challenge, muitas equipes optam por continuar desenvolvendo seus projetos e para isso são encaminhados ao fluxo de acompanhamento do Reuni onde passam por todas as etapas de ideação e validação até ingressarem em outras metodologias de pré-incubação. A exemplo disso, a vencedora da edição regional de 2020, a startup chamada ADA: All Data Analitics idealizada por uma das equipes representantes da Uniplac, deu início ao processo de mentoria do Reuni após o encerramento do evento, a fim de amadurecer a ideia e tirá-la do papel.
Reuni Experience
O evento de empreendedorismo universitário Reuni Experience foi realizado dentro das universidades para que os universitários pudessem desenvolver suas habilidades para o empreendedorismo por meio de competição.
A metodologia do evento segue as mesmas características do Reuni Challenge e é aplicada dentro das universidades para competição entre equipes multidisciplinares. O evento foi realizado em semanas acadêmicas e como trabalhos de determinada disciplina, atendendo aos horários e disponibilidades da coordenação do curso.
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