Levantar discussões sobre as tendências de mercado é um dos objetivos da tradicional roda de conversa regada a chimarrão, o CHIMAtalks, que trouxe para a discussão deste mês de março o tema “E se Lages fosse uma Smart City?” na última quinta-feira (07), no Orion Parque. O encontro contou com a participação de autoridades no assunto, entusiastas, acadêmicos e curiosos sobre o futuro e desenvolvimento de Lages.
A Smart City é um conceito de Cidades Inteligentes que se caracteriza por sua sustentabilidade, eficiência e conectividade, com o intuito principal de proporcionar maior qualidade de vida à população por meio de projetos que buscam proporcionar um ambiente urbano que promova o desenvolvimento humano, com a utilização de recursos naturais de forma sustentável, além de impulsionar a economia local. Smart City não é um conceito aplicável somente a cidades grandes, mas sim para cidades que busquem por qualidade de vida e desenvolvimento.
Apesar do apelo voltado para a importância de Lages se tornar uma Smart City e o impacto na qualidade de vida da população, a discussão evidenciou o papel do setor público para o crescimento da cidade e a necessidade de desenvolvimento cultural, sem deixar de lado a reflexão acerca das necessidades básicas para o funcionamento de uma cidade. Malek Dabbous faz a analogia da cidade com uma casa onde precisa estar organizada e estruturada antes de pensar em ter uma boa conexão de internet, trazendo a tona a percepção do básico funcionar bem antes de implementar novas tecnologias.
“A tecnologia é apenas um meio e não um fim. Não é o fato de usar a tecnologia que faz da cidade ser inteligente. Na minha opinião o que precisa ser melhor trabalhado aqui no Brasil é essa literacia digital, essa literacia do assunto para que os próprios gestores e colaboradores municipais entendam o seu papel para a implementação de uma cidade que entregue qualidade de vida para o cidadão” comenta Fernando Oliveira, especialista em Cidades Inteligentes.
Claiton Camargo, CEO do Orion Parque trouxe uma reflexão para a necessidade da população saber que existe a possibilidade do uso de tecnologias para melhorar a qualidade de vida “ a partir do momento que existe iniciativa e cultura para smart city, uma consciência para smart city dentro da sociedade, as iniciativas começam a ser aceitas, as cobranças começam a acontecer e todo mundo começa a falar essa linguagem pra poder chegar no nível da Smart City”
A discussão foi pautada pela necessidade de trabalhar cultura para que as pessoas compreendam seu papel na sociedade enquanto protagonistas que devem cobrar pelo desenvolvimento de suas cidades e qualidade de vida, além da importância de tratar de temas como esse que levam ao conhecimento da população a possibilidade de uma vida melhor por meio de soluções tecnológicas para o lugar onde vivem.
Confira como foi o CHIMATalks em https://www.youtube.com/watch?v=rQu4vHWOVak&t=1321s