Um investimento que deu muito certo logo no início, já se pagou há muito tempo e garante retorno financeiro cada vez maior e mais rápido. O que pode parecer utopia para muitos, em Lages é uma realidade. Precursor da Rede Catarinense de Centros de Inovação, o Orion Parque Tecnológico aproxima-se da primeira década de história colecionando conquistas não só para a instituição, mas principalmente para a cidade que o abriga.
É o que mostra uma apresentação feita neste mês pela diretoria da entidade na Associação Empresarial de Lages (Acil), instituição que tem um vínculo histórico com o Orion, desde quando tudo ainda era apenas um sonho.
Inaugurado em 24 de junho de 2016, o Orion destaca-se pela arquitetura moderna no alto do bairro São Francisco, em uma região que concentra outros centros de produção científica, como Epagri, Cidasc, IFSC, Colégio Militar e empresas como NDDigital, ATPlus e, futuramente, faculdade Senac. Mas não é só a bela fachada de vidro que chama a atenção, e sim o que está dentro do prédio.
O Orion tem a missão de criar uma cultura inovadora e empreendedora, articulando ações para ativar o ecossistema de inovação e viabilizar negócios com alto potencial de crescimento para transformar a economia da Serra Catarinense. E é exatamente isso que vem ocorrendo.
Retorno bem maior do que o valor investido
Construído, à época, com recursos de R$ 6,5 milhões do Governo do Estado e outros R$ 3,2 milhões da Prefeitura de Lages, num total de R$ 9,7 milhões, o Parque Tecnológico devolve à sociedade um valor muito maior do que aquele investido pelos cofres públicos.
Atualmente, a entidade tem 49 empresas vinculadas, sendo 31 virtuais e 18 residentes. E esta meia centena de empreendimentos é responsável por boa parte do movimento econômico de Lages, cidade de 165 mil habitantes e cuja Prefeitura tem uma arrecadação anual estimada em perto de R$ 1 bilhão.
No último levantamento, em 2023, as empresas ligadas ao Orion faturaram R$ 209 milhões. Ainda em 2023, só em Imposto Sobre Serviços (ISS), estes empreendimentos recolheram R$ 5,5 milhões, valor correspondente a um mês inteiro de arrecadação do Município com esta fonte.
“O Orion já se pagou há muito tempo e vai se pagar cada vez mais”, destacou Thiago Mazuhy Andrade, presidente do Instituto Orion, que reúne mais de 20 entidades de classe, universidades e empresas públicas e privadas para gerir o Orion.
“Os números refletem o sucesso do nosso Orion Parque”, reforçou o presidente da Acil, Antonio Wiggers.
“Este sucesso é fruto do trabalho de muita gente lá atrás”, lembrou o empresário Roberto Amaral, um dos idealizadores do Orion. Há duas décadas, ele e outras lideranças da cidade visitaram pólos de referência mundial em tecnologia em centros como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Califórnia (Estados Unidos) e Catalunha (Espanha), e buscaram inspiração para Lages.
“E isso é só o começo”, concluiu o diretor executivo do Orion, Claiton Camargo.
Texto e fotos: Pablo Gomes, jornalista, Orion Parque Tecnológico